Leia o trecho abaixo, retirado da crônica “Leituras da Juventude”, do escritor amazonense Milton Hatoum.
Quando estudava no ginásio Pedro II, em Manaus, lembro que um professor de literatura incluía no programa do curso alguns clássicos de outras regiões do Brasil. Ele nos dizia que o conhecimento da cultura do país passava pela literatura. O Nordeste de Graciliano Ramos e o Sul de Érico Veríssimo provaram isso. Foi nessa época que li Vidas secas e, quase ao mesmo tempo, alguns trechos d’Os sertões e d’O continente, primeiro volume de O tempo e o vento. Ainda não tinha maturidade para assimilar o sentido histórico dessas obras, mas me deparei com imagens, situações e conflitos de um Brasil que me era estranho. E também com outro vocabulário.
A descoberta de uma nova linguagem e de outra paisagem social e geográfica aconteceu em 1969, quando comecei a ler Grande sertão: veredas no colégio de aplicação da UnB (Brasília). Foi uma leitura penosa e meio arrastada. Só depois, no começo dos anos 70, pude ler o livro inteiro com disciplina e, por que não dizer, paixão. Foi um dos livros mais surpreendentes de minha experiência de leitor.
(HATOUM, Milton. Leituras da juventude. Disponível em: http://www.
miltonhatoum.com.br/categoria/do-autor/cronicas. Acesso em10/11/2010.)
Na crônica, o escritor cita as obras: Os sertões, O tempo e o vento, Vidas secas, e Grande sertão: veredas, que são de autoria, respectivamente, de
TEMPO NA QUESTÃO
00:00:00
Literatura Autores
Total de Questões: ?
Respondidas: ? (0,00%)
Certas: ? (0,00%)
Erradas: ? (0,00%)
Somente usuários cadastrados!