Em A Relíquia, de Eça de Queirós, encontramos a seguinte resposta de Lino, comprador habitual das relíquias de Raposo: “Está o mercado abarrotado, já não há maneira de vender nem um cueirinho do Menino Jesus, uma relíquia que se vendia tão bem! O seu negócio com as ferraduras é perfeitamente indecente... Perfeitamente indecente! É o que me dizia noutro dia um capelão, primo meu: “São ferraduras demais para um país tão pequeno!...” Catorze ferraduras, senhor! É abusar! Sabe vossa Senhoria quantos pregos, dos que pregaram Cristo na Cruz, Vossa Senhoria tem impingido, todos com documentos? Setenta e cinco, Senhor!... Não lhe digo mais nada... Setenta e cinco!”
a) Relate o episódio que faz com que Lino dê essa resposta a Raposo.
b) Sabendo que o autor usa da ironia para suas críticas, dê os sentidos, literal e irônico, que pode tomar dentro da narrativa a frase: “São ferraduras demais para um país tão pequeno!...”
a) Após ser expulso de casa pela tia, Raposo começa vender “relíquias” que eram feitas em Lisboa. No começo deu certo mas o grande número delas fez com que ele fosse à decadência. O episódio que faz com que Lino dê essa resposta a Raposo é quando este tenta vender àquele mais algumas relíquias. b) O sentido literal da frase refere-se que não há compradores suficientes às ferraduras vendidas. Já o sentido irônico se estabelece de maneira que o autor estivesse sugerindo que quem compra a ferradura é “burro” e que não há “burros” suficientes para comprar as ferraduras.
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