Efetivamente, ocorriam casamentos mesmo entre os escravos. É preciso lembrar que a Igreja incumbia os senhores de manter seus cativos na religião católica, responsabilizando-os pelo acesso aos sacramentos e ritos de culto. Dessa forma, o casamento era não só forma de aculturação, mas também de estabilidade nos plantéis, desestimulando fugas e mesmo as alforrias, revertendo sempre no interesse do próprio senhor. Como exemplo, no Serro Frio, Francisca da Silva de Oliveira, a conhecida Chica da Silva, casava sistematicamente seus escravos. Em 30 de julho de 1765, na matriz de Santo Antônio do Tejuco, casaram-se seus escravos Joaquim Pardo e Gertrudes Crioula.
(Júnia Ferreira Furtado, Cultura e sociedade no Brasil colônia.)
Assim, para os senhores de escravos, permitir e incentivar o casamento dos seus escravos significava
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