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Rio de Janeiro UFRJ 2004.1 Questão: 5 História Geral 

 

 

 

“[...] antes de 1961 as Forças Armadas não eram abertamente atingidas no seu prestígio [... ] A partir, porém, da queda da índia, e sobretudo à medida em que as guerras em África se iam prolongando, as Forças Armadas descobriram, não sem espanto por parte de muitos militares que pela primeira vez viam claro, o seu divórcio real da Nação. As Forças Armadas são então humilhadas, desprestigiadas, apresentadas ao país como responsáveis máximos do desastre.”

Fonte: “ O movimento das Forças Armadas e a nação , texto clandestino, Apud SERRANO, Carlos e MUNANGA, Kabengele. A revolta dos colonizados. São Paulo, Atual, 1995, p. 68.

 

Entre 1961 e 1975, as lutas de libertação nas diversas colônias portuguesas na África e na Ásia levaram o governo de Portugal a mobilizar um exército numeroso e a investir cerca de 43% de seu orçamento na guerra. Apesar de todo esse empenho , as forças pró-independência das colônias ganhavam cada vez mais espaço.

a) Identifique no texto dois elementos que tenham contribuído para que setores expressivos das Forças Armadas se colocassem contra o governo português, desencadeando a chamada Revolução dos Cravos.

 

b) Explique uma diferença entre o processo de independência das colônias inglesas e o das colônias portuguesas na África.

 

 

 

 

 

 

a) O candidato poderá identificar, no texto, duas razões para que setores expressivos das Forças Armadas se colocassem contra o governo português, entre as quais: a perda de prestígio das Forças Armadas, o divórcio entre estas e a nação, a humilhação a que se consideravam submetidas e o fato de terem sido apresentadas ao país como as responsáveis máximas pelas derrotas nas lutas contra as independências das antigas colônias.

b) O candidato poderá explicar uma diferença do processo de descolonização nas colônias portuguesas e inglesas na África, considerando que: a Inglaterra reconheceu desde o final da década de 50 e na década de 60 a independência em quase todas as suas áreas coloniais (com exceção da Rodésia do Sul), enquanto Portugal só o fez a partir de 1974, após um longo processo de luta armada; a presença de uma maior participação política dos nativos nas colônias inglesas permitiu que o processo, mesmo sendo fruto de conflitos, pudesse se definir majoritariamente por vias de negociação, enquanto que nas colônias portuguesas a falta de espaço político contribuiu para um confronto militar prolongado em todas elas; os gastos militares do governo português com as guerras na África foram maiores que os gastos ingleses.

 

 

 



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