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Rio de Janeiro UFRJ 2003.1 Questão: 3 História Geral 

 

 

 

Abraão e outros patriarcas não tinham escravos? Lede o que São Paulo ensina a respeito dos criados, que nesse tempo eram todos escravos (...). Pois um reino terreno não pode sobreviver se não houver nele uma desigualdade de pessoas, de modo que algumas sejam livres, outras presas, algumas soberanas, outras súditas.

LUTERO, M. Doze artigos apud SEFFNER, Fernando, in: Da Reforma à Contra-Reforma. São Paulo: Atual, 1993. p. 46.

 

Ele [Lutero] afirma que a palavra de Deus é suficiente. Então não vê que os homens que consomem todos os momentos da sua vida na luta pela sobrevivência não têm tempo para aprender a ler a palavra de Deus? Os príncipes sangram o povo por meio da usura e contam como seus todos os peixes dos rios, os pássaros do ar e a erva dos campos, e o Dr. Mentiroso [Lutero] diz Amém (...) Ah, ele afirma que não deve haver revolta porque a espada foi entregue por Deus aos governantes. Mas o poder da espada pertence a toda comunidade!

MÜNZER, Thomas. Carta pública a Lutero, apud SEFFNER, Fernando, in: Da Reforma à Contra-Reforma. São Paulo: Atual, 1993. pp. 47-48.

 

Durante muito tempo a historiografia reduziu os conflitos religiosos ocorridos na Europa do século XVI à oposição entre a Reforma Protestante (Lutero, Zuínglio e Calvino) e a Reforma Católica. Os estudos recentes tendem a superar tal abordagem, e novos aspectos culturais, políticos e sociais adquirem importância para o entendimento das reformas religiosas e das revoltas populares delas decorrentes.

Identifique e explique uma característica das sociedades agrárias da Europa Ocidental que tenha contribuído para a reforma radical.

 

 

 

O candidato deverá explicitar que, para os luteranos, a introspecção (sacerdócio universal) configuraria um meio de acesso do crente a Deus: a instituição eclesiástica perderia a função mediadora, pois todos seriam pecadores. O sujeito poderia transformarse a si mesmo, mas não ao mundo – cujo destino depende da insondável vontade divina. Portanto, segundo os luteranos, existiria uma dicotomia entre o domínio espiritual e o da realidade política. Para os anabatistas, ao contrário, era dever do verdadeiro cristão a realização do Reino de Deus na terra, mesmo com o recurso à violência. Para eles a Igreja dos Apóstolos (cristianismo primitivo) fora corrompida pela Igreja Católica e pelos Príncipes. Desse modo, a crítica não se limitava à Igreja Romana, mas também à hierarquia aristocrática. Daí a possibilidade de rebelião contra os maus Príncipes, atitude condenada por Lutero, para quem a contestação à hierarquia social e política (sociedade laica) em nome do Evangelho, configuraria uma heresia.



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