Leia o trecho a seguir.
Mais de cem anos foram necessários para se terminar as fundações do edifício que, segundo o manifesto de incorporação, teria ilimitado número de andares. As especificações técnicas, cálculos e plantas, eram perfeitas, não obstante o ceticismo com que o catedrático da Faculdade de Engenharia encarava o assunto. Obrigado a se manifestar sobre a matéria, por alunos insatisfeitos com o tom reticencioso do mestre, resvalava para a malícia afirmando tratar-se de “vagas experiências de outra escola de concretagem”.
[…]
1. A LENDA
Ao engenheiro responsável, recém-contratado, nada falaram das finalidades do prédio. Finalidades, aliás, que pouco interessavam a João Gaspar, orgulhoso como se encontrava de, no início da carreira, dirigir a construção do maior arranha-céu de que se tinha notícia.
[…]
Davam-lhe ampla liberdade, condicionando-a apenas a duas ou três normas, que deveriam ser corretamente observadas. A sua missão não seria somente exercer funções de natureza técnica. Envolvia toda a complexidade de um organismo singular.
RUBIÃO, Murilo. O edifício. Obra completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 60. (Grifo do autor).
No conto “O edifício”, o jovem engenheiro João Gaspar recebe a missão de comandar a construção de um prédio, segundo as orientações de um grupo de dirigentes, conhecido como Conselho Superior da Fundação. Tal construção deveria obedecer a uma diretriz dada por esse Conselho, sem o que uma grave consequência para o projeto se cumpriria, como uma profecia. Considerando-se o exposto, responda:
a) Que diretriz dada pelo Conselho ao engenheiro João Gaspar foi quebrada?
b) Qual a consequência do descumprimento da diretriz dada pelo Conselho?
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