Leia o trecho a seguir.
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Um velho Timbira, coberto de glória,
Guardou a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Dizia prudente: – “Meninos, eu vi!”
“Eu vi o brioso no largo terreiro
Cantar prisioneiro
Seu canto de morte, que nunca esqueci:
Valente, como era, chorou sem ter pejo;
Parece que o vejo,
Que o tenho nest'hora diante de mi.
“Eu disse comigo: que infâmia d'escravo!
Pois não, era um bravo;
Valente e brioso, como ele, não vi!
E à fé que vos digo: parece-me encanto
Que quem chorou tanto,
Tivesse a coragem que tinha o Tupi!”
Assim o Timbira, coberto de glória,
Guardava a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Tornava prudente: “Meninos, eu vi!”
DIAS, Gonçalves. I - Juca Pirama seguido de Os Timbiras. Porto Alegre: LP&M Pocket, 2007. p. 28.
A respeito do canto transcrito, correspondente à parte final de I – Juca Pirama, de Gonçalves Dias, responda:
a) Por que o guerreiro Tupi, prisioneiro dos Timbiras no passado, parece ainda mais heroico na fala do velho que narra a história do que ao longo do poema? (3,0 pontos)
b) Que efeito produz a sentença “Meninos, eu vi!”, repetida duas vezes no poema? (2,0 pontos)
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