Máscaras
A vida nos põe no rosto
máscaras de gosto e desgosto
que o tempo afoga
em espelho sem nexo
e sem tamanho
onde fica o reflexo
do rosto de um estranho
que se interroga
SOUSA, Afonso Felix de. Nova antologia poética. Goiânia: Cegraf/UFG,
1991. p. 185.
[…] já não estou certo do fato de ser um homem ou alguma outra coisa não definida, quem sabe tenha me transformado num ser híbrido, entre homem e Deus, embora ninguém acredite em mim, nem mesmo a senhora, o que é realmente uma pena. [...] Então, se ninguém acredita em mim, sobretudo a senhora, posso me considerar Deus? Não? Mas homem também não sou, pelo menos não do tipo que se conhece. Então o que é que eu sou?, a senhora me faria o favor de responder a esta pergunta: o que é que eu sou?
CARNEIRO, Flávio. A confissão. Rio de Janeiro: Rocco, 2006. p. 158
A reflexão elaborada pelo eu lírico do poema “Máscaras” remete a um questionamento recorrente em Nova antologia poética, o qual está presente também no romance de Flávio Carneiro como um dos motivadores da confissão feita pelo protagonista. O sentido partilhado pela reflexão elaborada nos textos transcritos acima é instaurado pela
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