XIV
Sete de setembro
I
[...]
O santo amor dos corações ardentes
Achou eco no peito dos valentes
No campo e na cidade;
E nos salões — do pescador nos lares,
Livres soaram hinos populares
À voz da liberdade!
[...]
II
Anos correram; — no torrão fecundo
Ao sol de fogo deste novo-mundo
A semente brotou;
E franca e leda, a geração nascente
À copa altiva da árvore frondente
Segura se abrigou!
À roda da bandeira sacrossanta
Um povo esperançoso se levanta
Infante e a sorrir!
A nação do letargo se desperta,
E — livre — marcha pela estrada aberta
Às glórias do porvir!
[...]
ABREU, Casimiro de. As primaveras. São Paulo: Martin Claret, 2008. p. 58-59.
No Livro Primeiro de As primaveras, há poemas marcados por um ideário patriótico, deflagrado pela independência política do país. Os escritores românticos desse período tomaram para si a tarefa de erguer as bases da identidade nacional tematizando a pátria e o povo brasileiro, como revela o poema “Sete de setembro”, de Casimiro de Abreu. Em relação a esse ideário patriótico, a ideia que está presente nas três estrofes transcritas, conferindo-lhes unidade, é a de
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