Considere os textos 1, 2 e 3 para responder às questões da prova.
Direção: Laurence Olivier
Roteiro: Laurence Olivier
Produção: Laurence Olivier, Reginald Beck, Anthony Bushell
Música original: William Walton
Fotografia: Desmond Dickinson
Edição: Helga Cranston
Design de produção: Roger K. Furse
Direção de arte: Carmen Dillon
Figurino: Roger K. Furse, Elizabeth Hennings
Efeitos especiais: Henry Harris, Paul Sheriff, Jack Whitehead
País: UK
Gênero: Drama, Romance, Crime
Sinopse
O príncipe Hamlet, filho do rei da Dinamarca, sente-se deprimido quando perde o pai. Seu tio, Claudius, casase logo a seguir com sua mãe, a rainha Gertrude, e se torna o novo rei. Pouco tempo depois, Hamlet se depara com o fantasma do pai, que lhe revela ter sido assassinado por Claudius e lhe pede vingança. Atormentado com tanta tristeza, é ainda alvo de membros da família que tentam convencê-lo de que está ficando louco. Paralelamente, ele se sente apaixonado pela jovem Ophelia, filha de Polonius, conselheiro de Claudius e Gertrude, e irmã mais nova de seu grande amigo, Laertes. Ao tomar conhecimento do romance, Polonius tenta intrigá-lo com o fim de fazer com que o príncipe deixe de fazer a corte à sua filha. Quando Hamlet procura a mãe para falar de suas suspeitas, segundo as quais Claudius teria assassinado seu pai, ele termina matando acidentalmente Polonius, que a tudo escutava às escondidas. A infeliz morte do conselheiro de Claudius dá a este o pretexto para afastá-lo do reino. Hamlet é, então, enviado para a Inglaterra. Ao mesmo tempo, Laertes regressa do exterior, onde estudava, quando toma conhecimento da morte do pai e da doença da irmã que, não suportando o fato de seu pai ter sido morto pelo seu grande amor, vive mergulhada numa profunda tristeza e sofrendo de desmaios. Ao retornar à Dinamarca, Hamlet se depara com o funeral de Ophelia. Aproveitando-se da situação, o rei Claudius convence Laertes a convidar Hamlet para uma exibição, onde os dois lutariam com espadas. Por orientação do rei, Laertes prepara sua espada com veneno em sua extremidade. No dia combinado, com a Corte reunida, inicia-se a luta. Após alguns passos, Laertes fere Hamlet no ombro com sua espada envenenada. Enraivecido, este consegue igualmente ferir seu oponente com a mesma espada. Nesse instante, a rainha Gertrude grita que fora envenenada. Ela tinha inadvertidamente bebido um vinho com veneno, preparado por Claudius para Hamlet, caso este saísse com vida da luta. Embora ferido, Hamlet, suspeitando de traição, ordena que todas as portas sejam fechadas. Laertes, então, diz ser ele o traidor e que Hamlet não tem mais que meia hora de vida, já que não há nenhum tipo de medicamento que possa curá-lo. Em seguida, pedindo perdão a Hamlet, morre com suas últimas palavras acusando o rei Claudius de ser o responsável por toda essa tragédia. Hamlet, então, vira-se para o tio e crava a espada envenenada no coração do rei, cumprindo, assim, a promessa de vingança feita ao pai. A seguir, chama seu amigo Horatio, que assistira a tudo, e lhe pede que conte sua história para todo o mundo.
Disponível em: <www.65anosdecinema.pro.br/Hamlet.htm>. Acesso em: 5 mai. 2009.
TEXTO 2
Hamlet
(Uma sala do palácio do Itamarati. Hamleto entra vagarosamente
e pára no meio da sala. Apóia o queixo na
palma da mão esquerda, metida na abotoadura da sobrecasaca,
e balança uma perna meditabundamente.)
Hamleto (monologando)
Ser ou não ser... Minh'alma eis o fatal problema. Que
deves tu fazer nesta angústia suprema. Alma forte?
Cair, degringolar no abismo?
Ou bramir, ou lutar contra o federalismo?
Morrer, dormir... dormir... ser deposto... mais nada.
Oh, a deposição é o patamar da escada...
Ser deposto: Rolar por este abismo, às tontas...
(depois de longa meditação)
E o câmbio? E o Vitorino? E o Tribunal de Contas
(outra meditação)
Morrer, dormir... dormir? Sonhar talvez, que sonho?
Que sonho? A reeleição?
[...]
(cai numa reflexão profunda)
Mas, enfim, para que ser novamente eleito?
Se não fosse o terror... Se não fosse o respeito
Que a morte inspira, e o horror desse sono profundo...
Ah! quem suportaria os flagelos do mundo!
[...]
O comércio que morre; a indústria que adormece;
A míngua da lavoura; o déficit que cresce
Horrivelmente, como a estéril tiririca;
[...]
– Oh, quem resistiria a tanto, da alma forte,
Se não fosse o terror do ostracismo e da morte?
(Pausa)
O ostracismo... região triste e desconhecida
Donde nenhum viajor voltou jamais à vida...
Ah! eis o que perturba... Ah! eis o que entibia
Coragem maior e maior energia!
(entra Ofélia)
(voltando-se para ela)
[...]
Hamleto
Não te dei nada!
Ofélia
Deu! Deu-me elasticidade,
Com que me transformei numa lei de borracha!
Que estica à proporção que o câmbio escarrapacha!
Meu Senhor! A que mais devo este prodígio,
Senão ao seu amor, senão ao meu prestígio?
Hamleto
Dize, Constituição, és tu Republicana?
Ofélia
Meu Senhor.
Hamleto
Dize mais! És norte-americana?
Ofélia
Príncipe...
[...]
Hamleto
Sou Vice-Presidente?
Sou Presidente? Sou Ditador? Sou cacique?
Oh! que paralisada a minha língua fique
Se te minto! Não sou mais do que um homem!
Parte!
Que é de teu pai?
Ofélia
Não sei.
Hamleto
Devia acompanhar-te.
A lei neste país, não pode andar sozinha...
Parte para Chicago! A tua dor é a minha:
É a dor que anda a chiar em toda a vida humana
Parte para a imortal nação americana!
Parte para Chicago!
[...]
BILAC, Olavo. Hamlet. In: M. Melhores poemas. Seleção de Marisa Lajolo. 4. ed. São Paulo: Global, 2003. p. 126-131.
O filme Hamlet, de Laurence Olivier, é considerado uma adaptação exemplar da clássica peça de Shakespeare, escrita entre 1600 e 1602, e é a grande referência pela qual as futuras versões cinematográficas são julgadas. Considerando a construção textual da sinopse do filme (1948) e da peça teatral Hamlet, de Shakespeare, explique como a voz das personagens é marcada no gênero sinopse e no gênero peça teatral. (5,0 pontos)
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