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Bahia UFBA 2011.2 Questão: 48 Literatura Teoria Literária Geral 

EMERGÊNCIA
Mário Quintana

         Quem faz um poema abre uma janela.
         Respira, tu que estás numa cela
         abafada,
         esse ar que entra por ela.
5 –    Por isso é que os poemas têm ritmo
         — para que possas profundamente respirar.
        Quem faz um poema salva um afogado.


AGOSTO 1964
Ferreira Gullar

       Entre lojas de flores e de sapatos, bares,
       mercados, butiques,
       viajo
        num ônibus Estrada de Ferro – Leblon.
5 –   Volto do trabalho, a noite em meio,
       fatigado de mentiras.
       O ônibus sacoleja. Adeus, Rimbaud,
      relógio de lilases, concretismo,
      neoconcretismo, ficções da juventude, adeus,
10 – que a vida
      eu a compro à vista aos donos do mundo.
      Ao peso dos impostos, o verso sufoca,
      a poesia agora responde a inquérito policial-militar.
      Digo adeus à ilusão
15 – mas não ao mundo. Mas não à vida,
      meu reduto e meu reino.
      Do salário injusto,
      da punição injusta,
      da humilhação, da tortura,
20 – do terror,
      retiramos algo e com ele construímos um artefato
      um poema
      uma bandeira

In: MORICONI, Italo (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 117 e 267.

 

Com base na leitura dos poemas Emergência, de Mário Quintana, e Agosto 1964, de Ferreira Gullar, explique a concepção de poesia de cada sujeito poético e destaque, pelo menos, dois recursos linguísticos que constituem imagens poéticas de cada texto. Justifique sua escolha.



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