A artista radicada no Brasil Tomie Ohtake comemorou 100 anos em 2013. A imigrante é considerada a “Dama das artes brasileiras”. Chegou ao Brasil em 1936 e só começou a pintar aos 40 anos de idade, construindo uma trajetória como poucos artistas brasileiros conseguiram. A década de 1960, quando se naturalizou brasileira, foi decisiva para a sua maturação como pintora originária da abstração informal. O domínio da esfera técnica de seu trabalho foi então confluindo com sua personalidade, passando a servi-la plenamente. O controle do processo coincidiu com uma nova orientação dada progressivamente ao trabalho, com destaque ao estudo da relação forma-cor.

(Adaptado de: FARIAS, A. Pintura e Pureza. Instituto Tomie Ohtake. 2013.)

A partir dos conhecimentos sobre a trajetória da produção plástica e da obra de Tomie Ohtake, considere as afirmativas a seguir.

I. A capacidade de renovação da artista está expressa nas diferentes fases de sua pintura e nas suas composições de gravura e escultura. Para
ela, a cor nunca é simplesmente a cor, mas algo que acontece em um corpo. É nessa intenção intuitiva que suas obras se estabelecem.
II. A produção da artista caracteriza-se pela busca persistente da síntese, da depuração, do desbastamento de tudo quanto seja supérfluo, reduzindo sua expressão ao estrito para obter o registro mais elevado.
III. O gesto, a cor e a matéria são o trinômio basilar da poética da artista. Geralmente, suas esculturas são realizadas em metal, monocromáticas e
com cores aplicadas homogeneamente.
IV. Nas obras públicas, a artista perde a característica gestual, a linha curva, a alusão à natureza, o movimento e as formas orgânicas que caracterizam sua poética. Nessas obras, a ênfase está em um geometrismo de ângulos agudos.

Assinale a alternativa correta.