TEXTO 3
[...]
Depois que já tínhamos almoçado, ouvi o barulho do carro do Luís. Ouvi e
1 reconheci de longe. E quando apontou lá na frente, parecia que tinha andado devagar
o tempo todo e ali perto, então, resolveu disparar estrada afora. Chegou patinando e
espirrando lama para todos os lados. E desceu correndo e foi explicando por que tinha
5 demorado tanto. Escutei calado e sentindo que não devia falar até passar a raiva. E ele
disse que a gente nem precisava mais correr porque tinha uma ponte em Dionísio que
havia caído. E que os homens que iam consertá-la nem tinham começado o serviço.
Que ainda estavam esperando chegar o “material”. E disse que o rio tinha levado a
ponte e umas casas, e que ninguém podia passar. Que ele teve que deixar o caminhão
10 em Dionísio, porque lá não havia daquele semi-eixo, e atravessar o rio numa pinguela
para tomar o ônibus do outro lado. Que só gente a pé é que passava. Que os carros
que chegavam descarregavam as mercadorias do outro lado do rio, e era tudo
transportado para dentro da cidade nas costas de carregadores. E que ele tinha
tomado um ônibus e ido até São Domingos do Prata, e que lá também não havia
15 daquele semi-eixo, e ele teve então que chegar até Monlevade. E falou que havia
passado por trechos da estrada que a gente não ia poder passar. E também que lá
pela frente era só chuva. E quis acertar as contas das despesas naquela hora, e eu
disse que depois a gente acertaria.
[...]
FRANÇA JÚNIOR, Oswaldo. Jorge, um brasileiro. 10ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p.175.
Assinale a alternativa incorreta, de acordo com o Texto 3.
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