“(...) Com moedas de tostões,
de dois tostões e cruzados
Lampião fazia o bem
a muitos necessitados
principalmente aos mendigos,
aos cegos e aos aleijados.
Um dia a tarde caía
e o santo do Juazeiro
viu da casa onde morava,
do extremo do terreiro
seu mais ilustre afilhado,
o mais devoto romeiro.
Era Lampião que vinha
liderando um grupo armado
dos lados de Pernambuco
pelo padre convidado
para dar combate aos Prestes
cordialmente chamado.
Andava a coluna Prestes
pregando pânico geral
e possivelmente como
finalidade central
desestabilização
do governo federal.
Foi para conter tal fúria
que Lampião foi chamado,
na casa do repentista
João Mendes foi instalado
num sobrado onde ficou
com o seu grupo hospedado.
No confortável sobrado
do ilustre repentista
recebia autoridades,
dava esmola e entrevista
contando suas mais terríveis
façanhas a um jornalista.
Internacionalmente,
sobretudo no sertão
é sabido que a patente
honrosa de capitão
Virgulino recebeu
do padre Cícero Romão.
Conduzia Lampião
suplícios martirizantes,
ferros de marcar novilhos
para ferrar delatantes
que fossem denunciar
sua presença às volantes. (...)”
Gonçalo Ferreira da Silva.
“Lampião, o Capitão do Cangaço”, in
http://www.ablc.com.br/cordeldavez/cordeldavez.htm
Lampião é tratado, no cordel da página anterior, como um
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