INSTRUÇÃO: Para responder à questão 33, leia os textos e as afi rmativas que seguem, preenchendo os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
TEXTO 1
Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!
Nessas horas de silêncio
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.
Então – proscrito e sozinho –
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
Saudades – Dos meus amores
Saudades – Da minha terra!
(“Saudades”, Casimiro de Abreu)
TEXTO 2
Às vezes no silêncio da noite
Eu fi co imaginando nós dois
Eu fi co ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho (...)
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela, de repente, me ganha?(...)
(“Sozinho”, música de Peninha, interpretada por Caetano Veloso)
Considerando os textos 1 e 2 e o contexto do Romantismo, afirma-se:
( ) Nos dois textos, é a partir do silêncio noturno que surge o sentimento de solidão. No poema de Casimiro de Abreu, essa solidão do eu lírico se potencializa com elementos da natureza que também trazem uma certa melancolia: a quietude das ondas do mar, a lua que refl ete na água.
( ) A noite tem função simbólica distinta nos dois textos: no primeiro ela provoca um leve meditar, em sofrimento; no segundo traz dor e sensação
de abandono.
( ) O subjetivismo, o sentimento nostálgico e a tristeza são alguns dos traços da poesia do romântico Casimiro de Abreu, evidenciados em “Saudades”.
( ) O autor de “Saudades”, assim como o poeta Gonçalves Dias, pertence à segunda geração romântica, conhecida como a do ‘Mal do Século’.
( ) Em seu célebre prefácio à obra Cromwell, o escritor romântico francês Victor Hugo desdenhava da necessidade de rigidez nas estruturas de composição no Romantismo, postulando uma espontaneidade de criação. Esse pensamento pode ser comprovado com o texto 1, que apresenta um poema com versos livres e brancos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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