Para responder à questão 33, leia o excerto a seguir, no contexto do conto de Simões Lopes Neto, e as afirmativas, preenchendo os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
“Foi então que um gaúcho gadelhudo, mui alto, canhoto, desprendeu da cintura as boleadeiras e fêlas roncar por cima da cabeça… e quando ia soltálas, zunindo, com força pra rebentar as costelas dum boi manso, e que o negro estava cocando o tiro, de facão pronto pra cortar as sogas…, nesse mesmo momento e instante a velha Fermina entrou na roda, e ligeira como um gato, varejou no Bonifácio uma chocolateira de água fervendo, que trazia na mão, do chimarrão que estava chupando… O negro urrou como um touro na capa…; a rumo no mais avançou o braço, e fincou e suspendeu, levando a velha, estorcendo-se, atravessada no facão até o esse…; ao mesmo tempo, mandado por pulso de homem um bolaço cantou-lhe no tampo da cabeça e logo outro, no costilhar, e o negro caiu, como boi desnucado, de boca aberta, a língua pontuada, mexendo em tremura uma perna, onde a roseta da chilena tinia, miúdo…
Patrício, escuite!”
( ) As comparações com bichos (boi manso, gato, touro na capa, boi desnucado) conferem aos personagens uma espécie de animalização, um instinto não racional que potencializa o tom violento da cena.
( ) Na leitura do trecho, torna-se evidente a força visual na escrita de Simões Lopes Neto, autor que detalhava, com riqueza, as ações de seus personagens, gerando tensão no relato.
( ) A utilização de expressões tipicamente urbanas do Rio Grande do Sul dá ao texto um caráter regionalista.
( ) O vaqueano Blau Nunes é o narrador da obra, personagem que testemunhou ou ouviu os causos que relata. Essa marca de oralidade torna-se ainda mais explícita com a passagem “Patrício, escuite!”.
( ) O trecho pertence ao conto “Negro Bonifácio”.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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