Para responder às questões 35 e 36, leia o trecho do poema “Retrato falante”, de Cecília Meireles, e as afirmativas.
Não há quem não se espante, quando
mostro o retrato desta sala,
que o dia inteiro está mirando,
e à meia-noite em ponto fala.
Cada um tem sua raridade:
selo, flor, dente de elefante.
Uns tem até felicidade!
Eu tenho o retrato falante
[...]
Na outra noite me disse: “A morte
leva a gente. Mas os retratos
são de natureza mais forte,
além de serem mais exatos.
Quem tiver tentado destruí-los,
por mais que os reduza a pedaços,
encontra os seus olhos tranquilos
mesmo rotos, sobre os seus passos.
Depois que estejas morta, um dia,
tu, que és só desprezo e ternura,
saberás que ainda te vigia
meu olhar, nesta sala escura.
Em cada meia-noite em ponto,
direi o que viste e o que ouviste.
Que eu – mais que tu – conheço e aponto
quem e o que te deixou tão triste.”
Com base na leitura do poema, preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
( ) O retrato tem uma determinada hora para dialogar com o Eu poético, primeira voz no poema.
( ) O leitor pode ser levado, pelo retrato, a pensar sobre a brevidade da vida.
( ) O retrato é uma espécie de duplo ameaçador do Eu poético.
( ) O poema sugere que o retrato é mais duradouro do que a vida.
( ) O retrato suscita terror na alma do Eu poético.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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