A exploração de paisagens e lugares ermos e sombrios, propícios ao aparecimento do estranho ou do fantástico, foi uma das marcas do Romantismo. Enquanto o fantástico rompe com a lógica do real, presentando fatos sem explicação, situados no âmbito do sobrenatural, o estranho relata acontecimentos que podem ser racionalmente explicados, mas são insólitos, inquietantes, chocantes. Após o período romântico, o fantástico e o estranho não cessam de surgir na literatura, muitas vezes como recurso para traduzir as angústias, os medos e as incertezas do ser humano.
Para responder à questão 31, leia o seguinte excerto do conto “Solfieri”, de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo.
Era em Roma. Uma noite a lua ia bela como vai ela no verão por aquele céu morno, o fresco das águas se exalava como um suspiro do leito do Tibre. A noite ia bela. Eu passeava a sós pela ponte de... As luzes se apagaram uma por uma nos palácios, as ruas se faziam ermas, e a lua de sonolenta se escondia no leito de nuvens. Uma sombra de mulher apareceu numa janela solitária e escura. Era uma forma branca. – A face daquela mulher era como a de uma estátua pálida à lua. Pelas faces dela, como gotas de uma taça caída, rolavam fios de lágrimas. Sobre o excerto acima, afirma-se:
I. A sequência de fatos sugere a iminência de um acontecimento excepcional.
II. A paisagem é descrita com adjetivos que contrastam serenidade e beleza com inquietude e mistério.
III. A jovem vislumbrada pelo observador é a mulher que ele buscava encontrar naquela noite erma.
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são:
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