Brás Cubas, ao fazer, já na condição de “defunto autor”, o balanço de sua vida, atesta que não se casou e não teve filhos, e sugere que essas duas irrealizações seriam, cada uma a seu modo, algo comparável a um “lucro”. Essa visão pessimista dos relacionamentos, contudo, não o impediu de ter uma vida amorosa variada e agitada, sendo Virgília seu par mais constante. Com ela, ele teve um envolvimento que se sustentou na clandestinidade e sempre sob riscos, pelo fato de ela ser casada com o político Lobo Neves do qual, em certo tempo, Brás se aproximou, dizendo-se seu “amigo”. Todavia, aparentemente, para os amantes, esse caso nunca representou um drama moral. A preocupação de ambos, enquanto o amor durou, sempre foi manter as aparências no jogo social, evitando o quanto possível danos maiores para eles e para Lobo Neves.