
No livro Canções, de 1956, Cecília Meireles transformou em versos seu encanto pelas Olimpíadas. Um dos poemas de “Jogos Olímpicos” é este:
Equilibrista
Alto, pálido, vidente,
caminhante do vazio,
cujo solo suficiente
é um frágil, aéreo fio!
Sem transigência nenhuma,
experimentas teu passo,
com levitações de pluma
e rigores de compasso.
No mundo, jogam à sorte,
detrás de formosos muros,
à espera de tua morte
e dos despojos futuros.
E tu, cintilante louco,
vais, entre a nuvem e o solo,
só com teu ritmo – tão pouco!
estrela no alto do polo.
MEIRELES, Cecília. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987. p. 586.
No poema, a interlocução é um recurso expressivo que demonstra um ponto de vista do eu lírico caracterizado por
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